Presidente da Académica acusado de dez crimes de corrupção

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José Eduardo Simões é acusado de dez crimes DR (arquivo)

Segundo a edição de hoje do "Diário de Coimbra", o procurador Ferreira Trindade, que esteve ligado à investigação de todo o processo, acusa no mesmo processo dois empresários — um da zona de Pombal e outro do Sul — que estariam ligados a todo o esquema de corrupção.

De acordo com o "Diário de Coimbra", o presidente da Académica contactaria os promotores dos empreendimentos imobiliários a quem pediria donativos para o clube.

Posteriormente ofereceria os seus serviços como director municipal da Câmara de Coimbra, facilitando o andamento dos processos relativos às respectivas urbanizações. Alegadamente influenciaria os fiscais, chamaria a si alguns processos e, por vezes, decidiria sem dar conhecimento aos respectivos serviços.

De acordo com o Ministério Público, todo o esquema era montado em troca de dinheiro entregue à Académica, instituição que se tem debatido com graves problemas financeiros e cujo passivo ascende a 12 milhões de euros, segundo os números revelados na última assembleia-geral do clube.

Apenas dois empresários foram acusados, já que para a maioria dos 20 arguidos o Ministério Público terá proposto a suspensão provisória do processo, para que possam testemunhar se se cheguar à fase de julgamento.