Orçamento da Câmara de Lisboa aprovado com abstenção de Nogueira Pinto

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Carmona Rodrigues Manuel de Almeida/Lusa (arquivo)

A viabilização do documento, que prevê uma verba de 670 milhões de euros, dependia do voto da vereadora do CDS-PP, Maria José Nogueira Pinto, depois de os partidos políticos de esquerda (PS, CDU e BE) terem anunciado que votariam contra.

Nogueira Pinto, com quem Carmona Rodrigues rompeu, no mês passado, a coligação pós-eleitoral que garantia a maioria absoluta ao PSD e CDS-PP, apresentou várias propostas de alteração ao orçamento, que foram hoje discutidas em reunião camarária.

Nogueira Pinto apresentou propostas

Entre as propostas de Nogueira Pinto encontravam-se a criação de novos regulamentos municipais de taxas e de transferências de verbas e atribuição de subsídios.

Outras propostas da vereadora democrata-cristã passavam pela cativação de verbas com vista ao saneamento financeiro da autarquia e a elaboração de uma lista do património municipal a vender, além de um "estudo exaustivo" sobre os trabalhadores da autarquia.

A discussão do documento esteve prevista para a segunda-feira passada, mas o presidente da Câmara Municipal de Lisboa decidiu adiar a votação por uma semana para dar possibilidade aos vereadores da oposição de apresentarem propostas, mas só a vereadora Maria José Nogueira Pinto chegou a fazê-lo.

Carmona Rodrigues: orçamento de "rigor e contenção"

Com o fim da coligação de direita, a 15 de Novembro, o PSD ficou reduzido a oito vereadores, contra nove da oposição (cinco do PS, dois da CDU, um do BE e uma do CDS-PP).

O orçamento autárquico para o próximo ano - de 670 milhões de euros, menos 180 milhões, um quinto de redução face a 2006 - é de "rigor e contenção", segundo Carmona Rodrigues.