"Não posso prever ou antecipar a decisão. No fim de um jogo sabemos qual é o resultado, mas no final de uma audiência nunca se sabe. Duas ou três semanas será um prazo razoável para se conhecer a sentença", avançou Paulo Relógio à agência Lusa.

O advogado explicou que a audiência serviu para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) fazer a "exposição de motivos, uma vez que para o organismo era uma questão de direito", lembrando que da parte do jogador do Benfica é que foram apresentadas provas.

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ouviu hoje a Federação Portuguesa de Futebol e os representantes do médio "encarnado" no seguimento da decisão do Conselho de Justiça (CJ) da FPF em arquivar o processo instaurado ao jogador.

Nuno Assis teve um controlo positivo (19 norandrosterona) a 3 de Dezembro de 2005, no final do jogo Marítimo-Benfica, tendo sido suspenso por seis meses, castigo que não cumpriu na íntegra devido ao arquivamento do processo, no dia 14 de Julho, pelo CJ da FPF.

O secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, não se conformou com a sentença e na altura enviou uma carta à FIFA, UEFA e AMA discordando da decisão e solicitando à Agência Antidopagem que analisasse o processo.

A AMA acabou, em última instância, por enviar o dossier para o TAS, que se decidiu pela reabertura do processo.