Presidente iraquiano rejeita relatório Baker e diz que é “perigoso”

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Talabani disse que o Governo vai enviar uma carta a Bush com as suas opiniões sobre o relatório Samir Mizban/AP

De acordo com Talabani, o relatório “não é justo e contém alguns artigos muito perigosos que subestimam a soberania do Iraque e da Constituição”.

O Presidente salientou o apelo do relatório à aprovação de uma lei que iria permitir a centenas de oficiais do partido Baath, de Saddam Hussein, regressarem aos seus postos e à política.

O líder curdo também criticou o apelo ao aumento do número dos soldados norte-americanos que treinam iraquianos, dos actuais três mil a quatro mil para dez mil a 20 mil. “Isto não é respeitar o desejo do povo iraquiano de controlar o seu exército e de ser capaz de treinar as forças iraquianas sob liderança do Governo iraquiano”.

Talabani afirma que o Governo vai enviar uma carta ao Presidente George W. Bush para “expressar as nossas opiniões sobre os temas mais importantes” do relatório.

O Presidente disse ainda que os iraquianos não ficaram intimidados com as ameaças do relatório para reduzir a ajuda política, militar ou económica se o Governo de Bagdad não atingir os objectivos definidos. O relatório acusa os líderes iraquianos de não terem conseguido melhorar a segurança e a política, nem terem reduzido a violência.

Ontem, um porta-voz do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki disse que este tem reservas quanto ao relatório Baker, mas ainda não deu mais pormenores.

Os árabes sunitas concordam com o balanço dos problemas do Iraque no relatório realizado por uma comissão coordenada pelo antigo secretário de Estado republicano James Baker mas não com as propostas para os solucionar.

O Presidente Bush disse que vai analisar as recomendações do relatório Baker e outras opções.

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