Moscovo: fogo em hospital causa 45 mortos
As vítimas, entre as quais duas pessoas que trabalhavam no hospital, morreram antes da chegada dos bombeiros, disse Alexandre Chupriyan, vice-ministro das Situações de Emergência, citado pela agência Itar-Tass. Para além das vítimas mortais, dez pessoas ficaram gravemente feridas no incêndio que deflagrou às 01h40 (hora local) na ala reservada às mulheres, no segundo andar do hospital nº 17.
“O incêndio começou na cafetaria. Quando os bombeiros chegaram já havia uma grande coluna de fumo”, disse Viktor Klimkin, um dos responsáveis dos bombeiros de Moscovo.
Segundo Klimkin, estavam no velho edifício 177 pacientes e 15 funcionárias na altura em que deflagraram as chamas. As janelas deste centro de desintoxicação tinham barras de ferro e não existia uma única saída de emergência, acrescentou o mesmo responsável. Outro dos agravantes da tragédia diz respeito à tinta plástica colorida com que estavam revestidas as paredes do prédio que depois de queimada liberta fumos particularmente nocivos que provocam perdas de consciência e podem levar à morte.
Viktor Klimkin denunciou a violação de várias medidas de segurança no edifício e pediu o fecho do hospital construído durante os anos 50 e 60.
Os mais de 20 veículos de bombeiros enviados para o local circunscreveram o fogo em uma hora e meia.Segundo investigadores que entretanto já deram início a um inquérito, há fortes suspeitas que o incêndio tenha origem criminosa.
Este é o sinistro mais grave na capital russa desde 1997, quando 42 pessoas morreram e 50 ficaram feridas num incêndio no hotel Rossia, no centro da cidade.