PSD acusa socialistas de "ataque colonial" à Madeira
Os conselheiros sociais-democratas acusam o Governo socialista de “não honrar os compromissos de Estado assumidos por Governos da República anteriores”, de não pagar dívidas do Estado à Região Autónoma, e de “não devolver património regional que ocupa indevidamente".
O Conselho Regional do PSD-M sugere que o Presidente da República consulte o povo madeirense “antes de, eventualmente, promulgar a nova lei pérfida sobre finanças regionais e outros diplomas”.
No próximo ano, a Lei das Finanças das Regiões Autónomas retira 34 milhões de euros à Região no âmbito das transferências do Orçamento de Estado.
Segundo o comunicado com as conclusões da reunião no Funchal, o "PSD-M louva toda a dedicação, lealdade e firmeza com que o líder nacional, Luís Marques Mendes, bem como a Direcção Nacional do partido e o Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República, se vêm empenhando na defesa firme dos direitos do povo madeirense".
O PSD-M anuncia que, a partir de 2007, iniciará os trabalhos de preparação para a revisão constitucional de 2009, na qual defenderá o princípio da unidade diferenciada - Continente, Madeira e Açores - e alerta os madeirenses que o "Governo Sócrates, Santos & colaboracionistas preparam novas medidas de agressão, como são exemplo os preços dos transportes aéreos".
Quanto à política nacional, o Conselho considera que "a política socialista agrava mais a vida dos portugueses, com o Orçamento de Estado para 2007".
"Não é só tresloucada, embora agradando ao capitalismo selvagem, como é urdida contra a imensa maioria do povo português, a classe média e as classes sociais mais desfavorecidas".
"Persiste no ataque e mediocratização do sistema educativo, paga sectores públicos falidos de Lisboa, desrespeita direitos legítimos dos magistrados, dos militares, da Função Público em geral e até dos jornalistas, destrói o direito dos portugueses à saúde".
"No entanto - lembra - despende milhões orçamentados para a propaganda, envolve os dinheiros públicos em onerosas intervenções militares no estrangeiro e dá somas volumosas, a fundo perdido, às ex-colónias".
O Conselho Regional conclui, no que diz respeito à política nacional, que, "face a todo este autêntico desastre nacional, e independentemente de posições legítimas e diferentes da Direcção Nacional do PSD, é objectivo do PSD-M, no interesse Nacional, um combate total contra a governação socialista de Lisboa, apoiando todas as lutas a desencadear pelo povo português".