Dunas de praias da Costa de Caparica resistiram à preia-mar

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O alerta para perigo do avanço do mar foi lançado em cafés e restaurantes das praias e no parque de campismo do INATEL Pedro Cunha/PÚBLICO (arquivo)

De acordo com a Protecção Civil de Setúbal, que esteve no local a acompanhar a situação, com elementos do Instituto Nacional da Água (INAG) e do Governo Civil de Setúbal, "o perigo maior já passou, com a maré-alta das 17h10".

A mesma fonte explicou que a próxima maré-alta ocorrerá às 04h30, o que constituirá uma nova "situação crítica" para as dunas, estando previstas ondas de oito metros e ventos fortes. As marés têm destruído parte do cordão dunar da zona norte da Costa de Caparica, provocando uma erosão de 16 metros de extensão naquela zona.

A governadora Civil de Setúbal, Teresa Almeida, alertou para o "perigo iminente" de o avanço do mar nas praias de São João provocar a ruptura das dunas e atingir habitações e estabelecimentos comerciais da zona.

Ontem, o presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, António Neves, alertou para o perigo de o avanço do mar destruir toda a zona de dunas, mas também os cafés e restaurantes das praias e o parque de campismo do INATEL.

Os campistas dos parques de campismo do INATEL e do Clube de Campismo de Lisboa foram avisados informalmente dos riscos do avanço do mar e alertados para não realizarem percursos a menos de 50 metros da praia.

Para António Neves, a resolução do problema passa pelo prolongamento das obras de recuperação dos esporões, que reestruturaram os contrafortes entre a Nova Praia e a última praia paralela à avenida principal da cidade e que terminaram em Maio.

O responsável considera que as "soluções técnicas" têm de partir do INAG, enquanto as "soluções financeiras são da responsabilidade dos ministros do Ambiente e Finanças".