RTP: decisão do regulador mostra "falta de seriedade de Cintra Torres"

Foto
PUBLICO.PT

O presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), José Azeredo Lopes, afirmou hoje que "não há quaisquer indícios" que indiquem que a RTP tenha cedido a pressões governamentais no tratamento dado às notícias sobre os incêndios do Verão passado, como sugeriu um artigo de opinião assinado por Eduardo Cintra Torres e publicado no PÚBLICO a 20 de Agosto.

A deliberação vem "evidenciar a falta de seriedade de Eduardo Cintra Torres e a sua falta de competência enquanto investigador", afirmou à Lusa Luís Marinho.

RTP mantém queixa contra Cintra Torres

O director de informação da RTP adiantou também que, independentemente da deliberação da ERC, a estação não tenciona retirar a queixa que corre em tribunal contra Cintra Torres, "por difamação e atentado ao bom nome".

Luís Marinho chamou ainda a atenção para a referência ao PÚBLICO na decisão da entidade presidida por José Azeredo Lopes.

"É bom realçar que o PÚBLICO foi alvo [neste processo específico] de uma recomendação por parte da ERC, porque não terá cumprido os seus deveres éticos e deontológicos", disse ainda à Lusa Luís Marinho.

Luís Marinho diz que Agostinho Branquinho mentiu

Sobre a acusação do deputado do PSD Agostinho Branquinho, que considerou existirem "indícios sérios" de tentativa de interferência de um assessor do Governo no fio noticioso da RTP (a fim de impedir a transmissão de um directo sobre os incêndios florestais), Luís Marinho afirmou que, "até prova em contrário, o deputado mentiu".

"O deputado Agostinho Branquinho quis usar a RTP para fazer política e deu-se mal", reforçou o director de informação da estação pública.

"O Conselho Regulador [da ERC] não tem qualquer indício que sugira qualquer quebra na obrigação de independência da RTP face ao poder político na cobertura da época de incêndios", afirmou hoje José Azeredo Lopes, em conferência de imprensa.

Sugerir correcção
Comentar