Soldados israelitas capturados pelo Hezbollah ficaram feridos com gravidade no ataque
Segundo um comunicado citado pelas agências internacionais, um dos militares terá ficado em "estado crítico" no ataque do dia 12 e o outro sofreu "ferimentos graves".
As autoridades militares tinham proibido a divulgação de qualquer informação com pormenores do ataque ao posto fronteiriço e das condições em que os dois militares se encontravam. O relatório com estas informações só tinha sido transmitido ao ministro da Defesa, ao chefe das Forças Armadas e às famílias dos dois militares.
"O Exército partiu do princípio, e continua a partir, de que os soldados sequestrados estão vivos e compromete-se a fazer todos os esforços para os resgatar vivos", acrescenta a nota.
Apesar das tentativas de mediação já realizadas, o Hezbollah mantém os dois soldados reféns, exigindo uma troca de prisioneiros com Israel, mas nunca revelou detalhes sobre o estado de saúde dos militares nem divulgou provas de que eles se encontram vivos.
Outros três militares foram mortos durante o ataque da milícia e a imprensa sempre presumiu que os dois soldados tinham sido feridos durante a violenta confrontação junto à fronteira, mas o Exército recusava-se a confirmar esta informação, alegando que o incidente estava ainda a ser alvo de investigações.
O ataque ao posto militar desencadeou 34 dias de guerra entre Israel e o Hezbollah, que terá provocado a morte a mais de mil pessoas, na sua maioria libaneses, e à ocupação militar do Sul do Líbano. O Governo libanês afirma que a maioria das vítimas era civil; Israel alega ter abatido 800 combatentes. Do lado israelita há confirmação de 159 mortos, 39 dos quais soldados.
O cessar-fogo mediado pela ONU apela à libertação incondicional dos soldados capturados, mas o Hezbollah não se comprometeu a fazê-lo. O acordo levou ainda ao reforço da missão de paz da ONU para o Sul do país, a quem cabe patrulhar a região, em colaboração com o Exército libanês.