Soldados israelitas capturados pelo Hezbollah ficaram feridos com gravidade no ataque

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O Exército continua a acreditar que os dois militares estão vivos Alexander Zemlianichenko/AP

Segundo um comunicado citado pelas agências internacionais, um dos militares terá ficado em "estado crítico" no ataque do dia 12 e o outro sofreu "ferimentos graves".

As autoridades militares tinham proibido a divulgação de qualquer informação com pormenores do ataque ao posto fronteiriço e das condições em que os dois militares se encontravam. O relatório com estas informações só tinha sido transmitido ao ministro da Defesa, ao chefe das Forças Armadas e às famílias dos dois militares.

"O Exército partiu do princípio, e continua a partir, de que os soldados sequestrados estão vivos e compromete-se a fazer todos os esforços para os resgatar vivos", acrescenta a nota.

Apesar das tentativas de mediação já realizadas, o Hezbollah mantém os dois soldados reféns, exigindo uma troca de prisioneiros com Israel, mas nunca revelou detalhes sobre o estado de saúde dos militares nem divulgou provas de que eles se encontram vivos.

Outros três militares foram mortos durante o ataque da milícia e a imprensa sempre presumiu que os dois soldados tinham sido feridos durante a violenta confrontação junto à fronteira, mas o Exército recusava-se a confirmar esta informação, alegando que o incidente estava ainda a ser alvo de investigações.

O ataque ao posto militar desencadeou 34 dias de guerra entre Israel e o Hezbollah, que terá provocado a morte a mais de mil pessoas, na sua maioria libaneses, e à ocupação militar do Sul do Líbano. O Governo libanês afirma que a maioria das vítimas era civil; Israel alega ter abatido 800 combatentes. Do lado israelita há confirmação de 159 mortos, 39 dos quais soldados.

O cessar-fogo mediado pela ONU apela à libertação incondicional dos soldados capturados, mas o Hezbollah não se comprometeu a fazê-lo. O acordo levou ainda ao reforço da missão de paz da ONU para o Sul do país, a quem cabe patrulhar a região, em colaboração com o Exército libanês.

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