Governo iraquiano quer organizar conferência regional para debater violência

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O grupo criado pela Casa Branca também deverá sugerir o envolvimento dos países vizinhos na resolução do problema de segurança iraquiano Ali Haider/EPA

"Depois de o clima político desanuviar, vamos convocar uma conferência regional na qual os países desejosos de contribuir para a estabilidade e segurança do Iraque poderão participar", afirmou Maliki.

Segundo o chefe de Governo, antes da conferência Bagdad vai enviar delegações aos países vizinhos para trocar pontos de vista e recolher os contributos de cada um para o reforço da segurança no Iraque.

Contudo, o primeiro-ministro adverte que o objectivo não é que a conferência encontre soluções por si só, "mas que promova as soluções pretendidas pelo Governo iraquiano".

O anúncio de Maliki – que abandona, assim, antigas reticências em relação ao envolvimento dos países vizinhos – ocorre um dia antes da divulgação das recomendações do Grupo de Estudos para o Iraque, criado pela Casa Branca para rever a estratégia norte-americana para o país.

O grupo, liderado pelo antigo secretário de Estado James Baker, deverá, entre outras propostas, defender o envolvimento dos países da região, incluindo da Síria e do Irão, na definição de uma estratégia de combate ao terrorismo e à violência sectária no Iraque, que muitos — entre os quais o secretário-geral da ONU — já classificam como uma guerra civil.

Ainda antes do encontro regional, Maliki pretende organização "uma conferência de reconciliação nacional" que envolva todos os partidos, "estejam eles dentro ou fora do Governo". Durante a reunião, prevista este mês, o Governo gostaria que as várias formações assinassem "uma carta de honra para pôr fim ao derramamento de sangue e aos conflitos regionais".

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