Chávez, que nos últimos anos se assumiu como o líder da esquerda na América Latina, procura um segundo mandato de seis anos para levar por diante a “revolução bolivariana” na Venezuela.

Segundo a sondagem encomendada ao instituto norte-americano Evans/McDonough pela petrolífera nacional PDVSA, o Presidente cessante levava ao início da noite uma vantagem de 18 pontos percentuais sobre Manuel Rosales, governador social-democrata que galvanizou a oposição ao prometer destronar o homem a quem acusa de arrastar a Venezuela para o totalitarismo.

Em declarações à AFP, Alex P. Evans, director do centro de sondagens, disse acreditar que o resultado final do escrutínio seja “semelhante” ao do último inquérito, que atribuía a Chávez 14 a 19 pontos de avanço sobre o seu rival.

A lei eleitoral venezuelana proíbe a divulgação de projecções antes da comissão eleitoral anunciar os primeiros resultados oficiais, razão pela qual nenhum instituto de sondagens divulgou valores.

Até ao momento, a comissão eleitoral não revelou qualquer dado sobre o escrutínio de hoje, limitando-se a adiantar que se registou “uma grande afluência de eleitores”, o que levou algumas mesas de voto a encerrarem depois das 16h00 locais (20h00 em Lisboa), permitindo aos eleitores que se encontravam no local exercerem o seu direito de voto.

Apesar da bipolarização crescente da sociedade venezuelana e da troca de acusações durante a campanha eleitoral, as eleições decorreram sem incidentes de relevo no país, quinto maior exportador mundial de petróleo.