Nações Unidas condenam assassinato do ministro da Indústria libanês

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Gemayel foi baleado quando seguia no seu carro Hussein Malla/AP (arquivo)

O embaixador norte-americano na ONU afirmou que a morte do político cristão, que lutava contra o domínio sírio no Líbano, levanta a questão de um possível envolvimento de Damasco no crime.

O mesmo responsável acrescentou que os Estados Unidos farão todos os possíveis para que o nome de Gemayel seja acrescentado à lista de 15 libaneses (incluindo Hariri) que morreram às mãos de assassinos e que serão condenados pelo tribunal.

O Conselho de Segurança da ONU exprimiu ainda a sua preocupação pelo facto de o assassinato de Pierre Gemayel, 34 anos, poder comprometer os esforços "de consolidação da democracia" no país e condenou "todas as tentativas de desestabilizar o Líbano através de assassinatos políticos ou outros actos terroristas".

Num comunicado adoptado por consenso e lido pelo presidente do Conselho de Segurança, os membros referiram-se a Gemayel com "um patriota, símbolo de liberdade e da independência política do Líbano".

Papa alerta para "forças obscuras que estão a tentar destruir o país"

O Papa Bento XVI classificou o assassinato de Pierre Gemayel com "um ataque brutal" e alertou os cidadãos libaneses para "as forças obscuras que estão a tentar destruir o país".

"Condeno veementemente este ataque brutal e junto as minhas orações às dos seus familiares e às do povo libanês", afirmou o Sumo Pontífice.

"Confrontado com as forças obscuras que estão a tentar destruir o país, apelo a todos os libaneses que não se deixem arrastar pelo ódio, mas que ajudem à união nacional, justiça e reconciliação e que trabalhem em conjunto para construírem um futuro de paz", disse ainda.

O automóvel em que seguia Gemayel foi ontem abalroado por outro carro, de onde saíram três homens, que o alvejaram na cabeça. Morreu pouco depois num hospital.

O assassinato de Gemayel ocorre num momento de extrema tensão política — o Hezbollah, apoiado por Damasco e Teerão, ameaça derrubar nas ruas o Governo anti-sírio do primeiro-ministro Fouad Siniora.

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