Operação Furacão: PGR não confirma que presidentes bancos tenham sido chamados

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A Procuradoria-Geral da República não confirma que os presidentes de quatro bancos tenham sido chamados a prestar declarações no âmbito do caso de evasão fiscal de empresas através de sociedades "off-shore", conhecido por "Operação Furacão".

Em comunicado, afirma, no entanto, que, "nesta fase de investigação, nada poderá ser excluído" e salienta que "tudo dependerá da evolução da investigação".

O jornal “Expresso” noticiou hoje que os presidentes do BES, BCP, Finibanco e BPN vão "ser convocados, na qualidade de testemunhas", no âmbito da "Operação Furacão".

Na notícia é citada Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), afirmando que "a banca não está sob suspeita. Mas falta saber se houve bancos ou funcionários bancários que auxiliaram ou encobriram a evasão fiscal das empresas, através de sociedades 'off-shore'".

Em comunicado, a Procuradoria-Geral esclarece que "as declarações prestadas pela directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal" foram "respondidas em abstracto".

A PGR sublinha que nas declarações da directora do DCIAP não é "mencionado em concreto que quem quer que fosse viesse a ser ouvido como testemunha ou como arguido", ao contrário da interpretação que a Lusa fez esta manhã.

O gigantesco processo, que reuniu até agora documentação "suficiente para encher dois camiões TIR", segundo Cândida Almeida, envolve a maior equipa de investigação criada em Portugal e inclui no rol dos suspeitos 200 sociedades, 20 empresários e seis advogados, todos já constituídos arguidos.

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