Bob Dylan: tudo o que ele escreveu

Foto

2005 foi ano de Dylan-mania. Revelou o que quis em "Crónicas Vol. 1", primeira parte da sua autobiografia, e rejubilámos com as memórias em jeito de escritor beat. Vimos Scorsese a contar toda a história em "No Direction Home", iluminou-se-lhe o génio e, por um breve momento, a verdade revelou-se novamente: Dylan é o nome mais importante da música popular americana do século XX, aquele tipo é a personagem mais cool que a pop já inventou.

"Bob Dylan; Canções Volume 1 (1962-1973)" surge agora como complemento ideal para a autobiografia e documentário. Adaptado de "Lyrics 1962-2001" – lançado nos Estados Unidos em paralelo às "Crónicas" –, a edição da Relógio d'Água compila as letras do período assinalado em título, ou seja, da estreia com "Bob Dylan" até "Planet Waves" – lançado em Janeiro de 1974.

Para provar em estado puro – só os versos e a tradução – e perceber porque foi com ele que a música pop passou a vislumbrar horizontes literários.

Para perceber o contexto, recorram-se às muito oportunas notas complementares revelando máscara, inspirações, apropriações, plágios descarados e assumidos.

Futuramente, a Relógio d'Água completará a edição de toda a obra poética de Dylan com um segundo volume, que contemplará a sua escrita desde "Blood On The Tracks" (1975) até "Love And Theft" (2001).

Sugerir correcção
Comentar