Antigo presidente da Enron condenado a 24 anos de prisão

Skilling tinha sido declarado culpado de 19 crimes, incluindo fraude e conspiração
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Skilling tinha sido declarado culpado de 19 crimes, incluindo fraude e conspiração David J. Phillip/AP
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Jeffrey Skilling, antigo presidente executivo da Enron, foi hoje condenado a 24 anos e quatro meses de prisão pelo seu envolvimento no colapso daquela que era uma das maiores empresas do sector energético dos EUA.

"Os crimes desta amplitude merecem uma punição severa", declarou o juiz federal Sim Lake, esta tarde, na leitura da sentença.

Skilling, a figura central de um dos maiores escândalos empresariais de sempre nos EUA, tinha sido declarado culpado, a 10 de Maio, de 19 crimes, incluindo fraude e conspiração. Em teoria, o empresário incorria numa pena que poderia chegar aos 185 anos de prisão, mas o tribunal de Houston optou por uma sentença inferior.

Skilling, de 52 anos, compareceu sozinho em tribunal, uma vez que Kenneth Lay, um dos fundadores da empresa e co-arguido no processo, morreu em Julho, vítima de ataque cardíaco, um mês depois de também ter sido declarado culpado.

Com dívidas que ascendiam aos 40 mil milhões de dólares, a Enron acabou por abrir falência no final de 2001, vítima de uma sucessão de acontecimentos que se seguiram à revelação de que os seus dirigentes empolaram durante anos os resultados da empresa, graças a complexos esquemas de falsificação contabilística.

A falência da empresa, que antes do escândalo estava avaliada em 68 mil milhões de dólares, deixou no desemprego cerca de cinco mil funcionários.

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