Timor: tiroteio entre Forças Armadas e ex-militares provoca pelo menos quatro feridos

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No dia 28 de Abril, os confrontos provocaram cinco mortos António Dasiparu/Lusa (arquivo)

As Forças Armadas envolveram-se numa troca de tiros com um número indeterminado de ex-militares contestatários, que estavam acompanhados por civis armados, liderados pelo major Alfredo Reinado.

O director do Hospital Nacional Guido Valadares, António Caleres, disse à Lusa que deram entrada naquela unidade quatro feridos, dois deles pertencentes às Forças Armadas.

Esta é a segunda vez nos últimos 25 dias que as Forças Armadas timorenses entram em acção para tentar restaurar a ordem pública.

A primeira vez foi no dia 28 de Abril, quando os militares ajudaram a conter os participantes de uma manifestação convocada por ex-militares que protestavam contra alegadas discriminações no seio da instituição. Nessa ocasião cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

A intervenção das Forças Armadas decorre de concertação prévia entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, como prevê a Lei Orgânica das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

Os efectivos das Forças Armadas foram comandados numa primeira fase pelo coronel Lere Anan Timor, chefe do Estado-maior das F-FDTL. Posteriormente as operações começaram a ser dirigidas no terreno pelo major Maubuti.

Os confrontos de hoje ocorrem 72 horas depois do final do congresso da Fretilin (no poder), que foi marcado pela reeleição de Mari Alkatiri para a liderança.

De acordo com a agência Lusa, o gabinete do primeiro-ministro está a preparar para mais tarde uma reacção aos acontecimentos de hoje em Bécora.

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