Previsões da Comissão Europeia:
PIB: 0,9% (2006); 1,1% (2007) Consumo privado: 1,2%; 1,2% Consumo público: 0,3%; -0,1% Investimento: 0,8%; 1,3% Exportações: 3,9%; 4,5% Importações: 2,3%; 3,4% |
Comissão Europeia: previsão de crescimento do Governo português é optimista
Nas Previsões Económicas da Primavera, divulgadas hoje, a Comissão Europeia revê o crescimento para Portugal em uma décima, face aos 0,8 por cento apontados nas anteriores previsões divulgadas a 17 de Novembro de 2005. Os valores apontados em Novembro coincidem, no entanto, com as estimativas do Fundo Monetário Internacional e do Banco de Portugal, que nos seus últimos relatórios sugeriam um crescimento para Portugal nunca superior a 0,8 por cento.
O crescimento do PIB português este ano deverá ser sustentado ainda pela procura interna, que deverá contribuir com 0,7 pontos percentuais para o ritmo de expansão, um valor que representa uma quebra face ao contributo verificado nos dois anos precedentes.
A Comissão Europeia refere que o consumo privado "deverá ser limitado por um mercado do trabalho enfraquecido e pelo elevado endividamento das famílias, bem como por um possível aperto nas condições de financiamento", devido ao aumento das taxas de juro.
Nos contributos para a evolução do PIB, a diferença face aos últimos dois anos é feita pelo saldo do comércio externo (exportações menos importações) que tem um contributo positivo de 0,2 por cento para a expansão da riqueza produzida, depois de dois anos com contributos negativos.
O investimento deverá ter um contributo nulo para o crescimento do PIB em 2006, o que só por si representa uma melhoria face ao contributo negativo de 0,2 pontos percentuais apurado em 2005.
Tanto a estimativa de crescimento da economia portuguesa em 2006 como a previsão para 2007 são inferiores às médias da Zona Euro e da União Europeia, devendo o conjunto dos países que adoptaram o euro crescer 2,1 por cento este ano e 1,8 por cento no próximo, respectivamente, enquanto o ritmo de expansão da UE deverá ser de 2,3 por cento em 2006 e de 2,2 por cento em 2007.