O mais do que provável destino de Zacarias Moussaoui, onde deverá passar o resto dos seus dias, é uma das supermax - a prisão de segurança máxima de Florence (Colorado), conhecida por "Alcatraz das Rochosas". Consta do Livro dos Recordes do Guinness como a mais segura prisão do mundo. Tem 1400 celas com portas de ferro controladas por comando remoto e muitos detectores de movimento e câmaras escondidas. Moussaoui, tal como acontece com os 399 reclusos que lá estão actualmente, passará 23 horas por dia na sua cela, um espaço de 3,5 por 3 metros à prova de som. Na hora restante poderá exercitar-se, permanecendo sozinho numa sala de cimento pouco maior. Sempre que sair terá argolas de ferro nas pernas e as mãos algemadas atrás das costas. Na sua cela haverá mobília, mas feita quase de cimento puro - um banco e uma secretária de cimento, uma cama e um fino colchão. Terá uma casa de banho e um duche que funciona com cronómetro para impedir as inundações.
Entre os prisioneiros da Supermax de Florence, que Moussaoui dificilmente verá, contam-se Theodore Kaczynski (o Unabomber); Omar Abdel-Rahman, o xeque cego envolvido nos atentados de 1993 contra as Torres Gémeas, e Richard Reid, o "bombista dos sapatos", que o francês chegou a dizer integrar o plano para consigo desviar um quinto avião no 11 de Setembro.
Supermax descreve prisões ou unidades dentro de prisões que representam o máximo nível de segurança num sistema prisional. Nos EUA o termo nasceu da contracção de super-maximun e o conceito cresceu a partir da penitenciária federal de Marion, em Illinois, onde, nos anos 1980, dois guardas foram assassinados no mesmo dia. A de Florence, construída em 1994, custou 190 milhões de dólares. As supermax são muitas vezes o fim da estrada para os detidos, já que a transferência para uma prisão com menos restrições implica vários anos de bom comportamento. S.L.