Rui Rio quer gabinete técnico do TGV Porto-Lisboa

O presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP) quer que o Governo dê "uma oportunidade à Engenharia do Porto" e instale nesta cidade o gabinete técnico da linha ferroviária de alta velocidade entre a Invicta e Lisboa. A proposta, "elementar", segundo Rui Rio, vai ser apresentada amanhã na reunião entre a direcção da junta e o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, em Lisboa. O projecto das ligações ferroviárias de alta velocidade para Lisboa e Vigo foi um dos temas abordados na reunião de ontem de manhã entre a Junta Metropolitana e a Comissão Parlamentar de Obras Públicas. Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro, Rio defendeu a instalação do gabinete técnico para a linha norte-sul no Porto também como uma forma de contrariar a actual situação em que, notou, "os quadros do Porto e da Região Norte têm de migrar profissionalmente para Lisboa para conseguirem empregos compatíveis com a sua competência técnica".
"Nem estou a ser muito ambicioso", vincou o autarca, lembrando que o curso de Engenharia Civil da Universidade do Porto é um dos melhores do país, e que uma região envolvida na construção de uma rede de metro tem know-how para colaborar nesse outro projecto.
Quanto à ligação à Galiza, Rio voltou a frisar a importância e o consenso à volta do tema entre os autarcas integrados na JMP. "Sendo o TGV um projecto decidido pelo Governo e tratando-se de um transporte à escala peninsular, menos sentido faz não se construir o bocadinho da linha que vai do aeroporto a Tui", argumentou o autarca do Porto.
Na reunião de amanhã com o ministro, agendada para as 11h00, Rio vai também insistir com a tutela da TAP para que esta empresa "rendibilize" o Aeroporto de Francisco Sá Carneiro. Em cima da mesa estará também a criação da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, um dossier sobre o qual a secretária de Estado dos Transportes revelou na passada quarta-feira novos dados. Segundo Ana Paula Vitorino, o anteprojecto para a criação destas entidades (a do Porto e a de Lisboa) está pronto e será agora apresentado às juntas metropolitanas e aos operadores de transporte.

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