Assad desmente ter ameaçado RAFIq Hariri

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, desmentiu ter proferido ameaças contra o ex-primeiro-ministro libanês, Rafiq Hariri, antes do seu assassínio, como o acusou o seu ex-vice-Presidente, Abdul Halim Khaddam. "Sou um homem directo e franco e não sei o que é alguns querem dizer quando falam de ameaças [contra Hariri]. Isso não é verdade", disse ao semanário independente egípcio Al-Osboa. "Ninguém assistiu ao meu último encontro com Hariri. Como é que então é possível fazer alegações como essas?", perguntou.
Os dois líderes encontraram-se em Agosto de 2004 para discutirem a extensão do mandato do Presidente libanês pró-sírio, Emile Lahoud, de que Hariri era opositor.
Khaddam afirmou à estação de televisão Al-Arabiya, no dia 30, que o chefe de Estado sírio ameaçara o antigo chefe de Governo, alguns meses antes do seu assassínio, de "aniquilar" quem quer que fosse que se opusesse às decisões da Síria.
Assad rejeitou por outro lado um encontro com a comissão de investigação internacional que investiga a morte de Rafiq Hariri. "O pedido da comissão de investigação da ONU para se encontrar comigo não é o primeiro do género, houve outro precedente no fim do Verão passado, mas o chefe de Estado tem uma imunidade internacional", declarou.
Assad disse que Khaddam "não é senão um instrumento num plano (...) visando [provocar] a decomposição interna da Síria".

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