COI defende "presunção de inocência" de Armstrong

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Rogge pede «procedimentos claros» na reanálise de amostras armazenadas Jockel Finck/AP

O artigo baseava-se na comparação dos códigos de documentos confidenciais: resultados da reanálise de amostras B armazenadas, efectuada pelo laboratório antidoping francês a pedido da Agência Mundial Antidopagem (AMA) – as amostras A já tinha sido utilizadas em 1999 – , e formulários assinados por Armstrong quando se submeteu aos controlos, que estavam na posse da União Ciclista Internacional (UCI).

Foi a troca de acusações entre estes dois organismos, o ciclista norte-americano e representantes das federações internacionais e da comissão de atletas junto do COI que levou Rogge a pedir mais contenção, em declarações ao jornal De Morgen: “Está claro que a luta contra o doping não é bem servida pela forma como este debate tem decorrido”.

Nesta entrevista, o líder do movimento olímpico lembrou que “é preciso respeitar a presunção de inocência”, numa clara resposta ao presidente da AMA, Richard Pound, que, no início de Setembro, comentou que a reanálise de amostras de urina recolhidas nos Tours de 1998 e 1999 indica “uma muito alta probabilidade que tenha havido uma actividade de dopagem” com eritropoietina (EPO).

“Não cabe ao atleta provar que é inocente, são as instituições desportivas que têm de provar a sua culpa. (...) O caso Armstrong é aparentemente apenas baseado numa pesquisa científica e não num controlo antidoping”, vincou Rogge, defendendo a reanálise antidoping – o COI conserva amostras de urina durante oito anos – “mas com procedimentos claros que ainda têm de ser estabelecidos pela AMA”.

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