"Foi um discurso marcado gritantemente pela omissão da situação económica do país e do desemprego", afirmou Azevedo Soares, sublinhando que estes temas constituem "a grande preocupação de todos os portugueses"

"Estas são matérias urgentes. E sobre isto, o primeiro-ministro não disse nem uma palavra", insistiu, considerando a exclusão destas matérias uma "omissão grave".

Relativamente ao anúncio feito pelo primeiro-ministro de que, a partir do próximo ano, o concurso de colocação de professores passará a ser válido por três ou quatro anos, consoante os graus de ensino, Azevedo Soares disse esperar que seja uma promessa para cumprir.

"É mais um anúncio. Vamos é a ver se a promessa será cumprida. Muitas das promessas feitas pelo PS na campanha eleitoral continuam por cumprir", sustentou, escusando-se, contudo, a pronunciar-se "tecnicamente" sobre a matéria. "Ainda não conhecemos a proposta em detalhe", justificou.

Questionado sobre a notícia hoje revelada pelo semanário “Expresso”, segundo a qual Valentim Loureiro vai ser expulso do PSD, Azevedo Soares escusou-se a confirmar a informação, sustentando que "essas são decisões do Conselho de Jurisdição do partido".

"Mas, acredito que o Conselho de Jurisdição terá em breve uma decisão sobre esta matéria", acrescentou.

Segundo o Expresso, o Conselho de Jurisdição do PSD já decidiu que Valentim Loureiro, que se vai candidatar à Câmara Municipal de Gondomar como independente, contra o candidato escolhido pelos social-democratas, será expulso do partido.

Esta decisão surge na sequência de um processo disciplinar instaurado a Valentim Loureiro, logo após a formalização a sua candidatura à autarquia de Gondomar.