"Estão a faltar 14 motoristas, o que é igual a um dia normal porque há sempre faltas, mas não há qualquer registo de alteração do serviço", avançou fonte da STCP, que admite uma maior adesão à greve durante e após o plenário geral dos trabalhadores marcado para as 10h00. Durante o plenário geral haverá uma recolha das viaturas.

O sindicalista Manuel Alves, do Sindicato dos Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (Strun), disse, por seu lado, que a adesão à greve está a ser "muito significativa", com "muito poucos autocarros a circular", mas remeteu para o final da manhã a divulgação dos números de adesão ao protesto.

A greve foi convocada pelo Strun, pelo Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM) e Sindicato dos Transportes Rodoviários (SITRA) e teve início às 00h00 de hoje, prolongando-se até às 24h00 de domingo.

Este é o terceiro período de greve (o primeiro teve início no dia 15) de uma série de paralisações já previstas aos fins-de-semana até 4 de Setembro. Os trabalhadores reivindicam uma actualização salarial justa, bem como a manutenção, no acordo de empresa, do regime de quatro dispensas anuais.

As três estruturas sindicais admitiram na semana passada que o segundo período da greve, entre os dias 22 a 24, não afectou o normal funcionamento da rede da empresa.

Para minimizar os efeitos das paralisações previstas até Setembro, a STCP anunciou que os seus passes são válidos noutros meios de transporte da região durante esta paralisação. A empresa negociou a validade dos seus passes em toda a rede de metro e comboios suburbanos da CP, ligando Valongo, Travagem e Francelos à estação de S. Bento, no Porto. Os passes são ainda válidos nas carreiras suburbanas de empresas privadas vinculadas à Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Pesados e de Passageiros.