Número de alunos a frequentar o ensino superior na União Europeia continua a aumentar
O documento, que compila 153 indicadores sobre os sistemas educativos e da participação dos jovens de 30 países europeus, incluindo os 25 Estados-membros da UE, está a partir de hoje acessível no site www.eurydice.org.
Por áreas de estudo, o relatório assinala o aumento modesto, mas ainda assim constante do número de diplomados em ciência e tecnologia. Um em cada quatro diplomados em 2002 concluiu um curso na área das "ciências sociais, gestão e direito". Já nas "ciências, matemática e informática", a percentagem de diplomados representa menos de 15 por cento em todos os países.
Mas a massificação do ensino superior depara-se com uma dificuldade. A pressão sobre as despesas públicas tem levado os governos a encarar a necessidade de controlar os custos financeiros decorrentes do aumento da população escolar universitária, nota o documento.
A autonomia das escolas para fazerem a sua gestão nos mais variados domínios é outra das situações analisadas, para se concluir que a margem é, em geral, considerável. Os maiores constrangimentos surgem na gestão dos recursos humanos e financeiros. As despesas correntes são normalmente geridas pelas escolas, mas estas, por regra, não podem contrair empréstimos, usar receitas extra para recrutar professores ou angariar patrocínios.
Outra das características dos sistemas educativos europeus prende-se com a existência cada vez mais comum de sistemas de avaliação, interna e externa, das escolas. Portugal é um dos exemplos referidos, até pela forma como faz a divulgação dos resultados obtidos. No entanto, ressalva o documento, muito poucos países fazem incidir a avaliação sobre o trabalho dos professores.