Coreia do Norte propõe a Seul "mecanismo de paz duradouro"

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O cessar-fogo alcançado em 1953 não levou a paz à península coreana AP

O ministério norte-coreano dos Negócios Estrangeiros indicou, num comunicado difundido pela Agência Central de Notícias (KCNA), que "a substituição do cessar-fogo [ambas as Coreias continuam, tecnicamente, em guerra desde 1953] por um mecanismo de paz poria fim à política hostil dos Estados Unidos em relação à República Democrática Popular".

O regime norte-coreano afirma que "a substituição do armistício por um mecanismo de paz duradouro que permita superar os vestígios da Guerra Fria é essencial não apenas para a paz e reunificação da Coreia, mas também para a paz e segurança no nordeste da Ásia e no resto do mundo".

O anúncio de que a Coreia do Norte estará disposta a assinar um tratado de paz que enterre definitivamente os vestígios da guerra que arrasou a península entre 1950 e 1953 surge quatro dias antes do regresso, em Pequim, às conversações multipartidas sobre o programa nuclear de Pyongyang.

O cessar-fogo alcançado em 1953 e o armistício assinado na aldeia de Panmunjom nesse mesmo ano não levaram a paz à península coreana, que continua a ser, meio século depois, o último lugar da terra onde a Guerra Fria persiste.

Depois de ter chegar a acordo com os Estados Unidos, a Coreia do Norte anunciou no passado dia 9 a sua intenção de retomar as conversações multilaterais, cuja última ronda se celebrou em Junho de 2004.

Nas conversações participam ambas as Coreias, a Rússia, China, Japão e EUA, que deverão acudir a Pequim, na próxima terça-feira, para tentar desactivar o programa nuclear de Pyongyang.

No passado dia 10 de Fevereiro, a Coreia do Norte anunciou que possui armas nucleares.

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