Representantes patronais lamentam saída de Campos e Cunha

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Campos e Cunha invocou motivos pessoais, familiares e cansaço para deixar o Governo Lusa (arquivo)

O presidente da Associação Empresarial Portuguesa (AEP), Ludgero Marques, lamentou a demissão de Luís Campos e Cunha "num momento difícil para o país" e desejou que o novo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, se mantenha rigoroso em todas as suas acções.

A Associação Industrial Portuguesa (AIP) também fez uma apreciação positiva do trabalho realizado por Campos e Cunha, que considera ter desenvolvido uma política financeira de rigor e espera que o novo ministro mantenha essa política.

Para o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), José António Silva, a demissão de Campos Cunha fragiliza o Governo e condiciona o novo ministro.

O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, considerou excelente a escolha de Fernando Teixeira dos Santos para a pasta das Finanças e elogiou as suas competências técnicas.

A UGT considerou que a substituição do ministro não afecta a credibilidade do Governo e desejou que Teixeira dos Santos garanta o crescimento real dos salários no Orçamento de Estado para 2006.

A CGTP considerou que a demissão de Campos e Cunha revela que existem profundas divergências no Governo sobre as políticas que estão a ser adoptadas e defendeu a alteração da política económica do Executivo.

Ontem à noite foi anunciada a saída de Luís Campos e Cunha do Ministério das Finanças por "motivos pessoais, familiares e cansaço", sendo substituído por Fernando Teixeira dos Santos, que presidia à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

Depois de ter tomado posse, o novo ministro das Finanças afirmou que pretende evitar mais aumentos de impostos e garantiu que a contenção orçamental vai continuar.