Reino Unido quer organizar conferência internacional contra extremismo islâmico

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Blair acredita que os países do Médio Oriente compreendem a situação que o Reino Unido atravessa, depois dos atentados de 7 de Julho EPA

"Ainda que os terroristas usem todo o tipo de temas para justificar as suas acções, as suas raízes são profundas e não se encontram apenas neste país. É por isso que é necessária uma acção internacional", afirmou Blair, durante a audição semanal na Câmara dos Comuns.

Segundo o chefe do Governo britânico, a conferência vai estudar formas concertadas de combate à difusão das visões mais radicais do Islão, ensinadas tanto nas escolas corânicas (madrassas) de países muçulmanos como nas mesquitas ilegais no Ocidente.

Segundo a polícia britânica, três dos quatro autores identificados nos atentados de Londres estiveram no Paquistão entre Julho de 2004 e Fevereiro deste ano, provavelmente para frequentar madrassas, consideradas por Islamabad como um feudo dos integristas.

Blair recordou que 26 países foram desde 1993 alvo de acções da Al-Qaeda, pelo "que existe um óbvio apoio e compreensão dos problemas que o Reino Unido enfrenta actualmente" e uma vontade de lutar contra o crescimento do integrismo.

Durante a audição, Blair saudou o empenho demonstrado pelas autoridades do Paquistão "para lidar com o problema das madrassas que pregam este tipo de extremismo".

Segundo fontes da segurança paquistanesa, citadas pela AFP, mais de 200 activistas islamitas foram detidos no Paquistão no quadro das investigações sobre os atentados de Londres. Uma outra fonte dos serviços de informação do Paquistão, citada pela AP, garante que entre os detidos se encontra um suspeito "importante" que terá tido "ligação directa" aos atentados de 7 de Julho, no qual morreram 56 pessoas.

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