Dave Ghrol, baterista dos Nirvana, desabafou as suas inseguranças com a "Rolling Stone", mais de dez anos depois do fim da mítica banda de Seatlle: "Acho que nunca disse isto a ninguém, mas havia alturas em que Kurt [Cobain] não ficava nada feliz com a minha maneira de tocar bateria. Ouvi-o dizer o quanto achava que eu era uma porcaria. No entanto, nunca mo dizia directamente..."

O baterista confessou que sempre se sentiu um "outsider", por causa da amizade de longa data entre Cobain e o baixista Krist Novoselic: "Nunca houve uma relação mais profunda para lá da música. Krist e Kurt tinham uma ligação lendária. Eram almas gémeas (...). Partilhavam tudo e eram o tipo de amigos que não precisam de falar - já sabem o que outro está a pensar."

"O Kurt era tantas coisas diferentes... Ele era engraçado ou tímido ou uma pessoa maior que a vida. Podia ser doce ou muito macabro. Conseguia intimidar. Eu achava que era um baterista decente, mas não sabia se era bom o suficiente para fazer parte deste enorme fenómeno. Não me imaginava como um baterista de calibre mundial."

Os ressentimentos, os fantasmas e a atribulada história dos Nirvana (que se extinguiram quando o vocalista se suicidou em Abril de 1994) não impediram Dave Grohl de seguir em frente. Ele é o líder dos bem sucedidos Foo Fighters, que este ano editaram "In Your Honor". O grupo regressa a Portugal a 16 de Agosto como estrela do cartaz do festival de Paredes de Coura.