Marques Mendes diz que Governo traiu cinco promessas em cinco meses
"Em cinco meses de Governo ficaram para trás as promessas de controlo do défice, de não aumentar os impostos, de fazer crescer os níveis de confiança das empresas e de combate ao desemprego através de um plano tecnológico", afirmou.
Marques Mendes acusou ainda o Executivo socialista de estar em vias de aumentar em um por cento o défice das contas públicas, que foi, sem receitas extraordinárias, de 5,2 por cento em 2004, devendo ser, pelo menos, de 6,2 em 2005.
Marques Mendes deslocou-se a Barcelos para participar num almoço de lançamento da recandidatura de Fernando Reis à Câmara Municipal local.
O dirigente partidário disse que "os níveis de confiança dos consumidores e dos empresários estão, agora, a um grau idêntico ao de 1993", e salientou que "já nem o Banco de Portugal nem o próprio ministro das Finanças acreditam que é possível recuperar a economia em 2005 ou 2006".
"O relatório do Banco de Portugal diz tudo e hoje o próprio ministro das Finanças vem pôr em causa, num artigo de jornal, as vantagens do investimento público, que há dias tinha sido propagandeado pelo Governo", acentuou.
Criticou o projectado investimento estatal no novo aeroporto da Ota, que classificou de "desnecessário", para acusar o Governo de "fazer uma política económica errada e socialmente injusta, na medida em que penaliza as pessoas de menores rendimentos".
"Com o PS, o Estado engorda, o orçamento das famílias emagrece e a competitividade da economia diminui", afirmou, considerando que o aumento do IVA e dos outros impostos "prejudica as empresas, muitas das quais não reabrirão no Verão, e penaliza o emprego".
Por tudo isto, "os portugueses devem fazer ouvir a sua voz nas eleições autárquicas de 9 de Outubro, exigindo uma mudança de políticas, porque este não é o caminho certo", conclui.