Ministro das Finanças reiterou hoje rumo da política do Governo

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Campos e Cunha mostra-se disponível para o diálogo com os trabalhadores da função pública, desde que não altere rumo do Governo António Cotrim/Lusa

"Continuamos abertos ao diálogo em sede de concertação social, mas não pode estar em causa a política geral que foi anunciada e que estava no programa do Governo", assegurou o titular da pasta das Finanças em declarações à TSF.

Campos e Cunha respondia a uma questão sobre a possibilidade de existirem alternativas às medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, José Sócrates, para a função pública.

Sobre a greve de hoje, o ministro disse tratar-se de "um direito que assiste aos trabalhadores", que o usarão "da forma que melhor entenderem nos objectivos sociais que têm em vista".

A greve, que abrange um universo de mais de 700 mil trabalhadores, foi convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP), Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE/UGT) e Sindicato dos trabalhadores dos Impostos (STI/Independente).

Na origem do protesto está o facto de o Governo socialista de José Sócrates, no âmbito das medidas de combate ao défice público, ter decidido congelar as promoções e as progressões nas carreiras dos funcionários públicos, reduzir o salário durante a doença e aumentar gradualmente a idade da reforma até aos 65 anos, à semelhança do que acontece no sector privado.

Outro diploma que tem merecido os protestos dos sindicatos e dos trabalhadores é o sistema de avaliação de desempenho, que impõe mais quotas, limitando as promoções dos funcionários bem classificados.

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