Ariel Sharon dá carta branca ao exército contra “terroristas” palestinianos
“Ordenei ao exército para tomar todas as medidas necessárias contra as organizações terroristas”, disse o chefe de Governo a um canal televisivo de Israel, afirmando que as ordens dadas aos militares não foram acompanhadas por “nenhuma limitação”.
Estas declarações surgiram pouco depois do exército israelita ler lançado três ataques aéreos nas regiões palestinianas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, em que morreram pelo menos cinco membros do Hamas – a principal organização islamita palestiniana.
Relativamente à retirada da Faixa de Gaza, Sharon disse que a operação teria lugar no próximo mês, tal como está previsto, "mas não sob o fogo" palestiniano.
As televisões israelitas difundiram imagens de concentração de tanques e de veículos blindados à entrada norte da Faixa de Gaza. De acordo com os analistas, o exército dispõe de uma lista de alvos a destruir para impedir ataques aos colonatos judaicos na Faixa de Gaza.
"O Hamas violou todas as regras do jogo e esta é a razão pela qual Israel reagiu", afirmou o chefe do Estado-maior israelita, o general Dan Haloutz.
Em declarações à AFP, um porta-voz do Hamas disse que "com estes ataques o inimigo sionista [Israel] abriu as portas do inferno fazendo explodir o cessar-fogo".
Os ataques israelitas de hoje aconteceram depois do lançamento de tiros de morteiro palestinianos ontem contra territórios do sul de Israel, que mataram uma jovem mulher.