Governo sem registo de portugueses entre as vítimas dos atentados em Londres
"Após contactos com a embaixada e o consulado de Portugal em Londres, e até ao momento, não há conhecimento de vítimas de nacionalidade portuguesa", declarou Freitas do Amaral na Assembleia da República, à margem do debate do estado da Nação. No entanto, o chefe da diplomacia sublinhou que o Governo "não pode ainda dar a garantia absoluta de que não se descubram mais tarde cidadãos nacionais entre as vítimas" do atentado.
Freitas do Amaral disse depois que, desde o início da manhã, "foi accionada a célula de crise" na sequência da notícia dos atentados na capital do Reino Unido, mas salientou que "não houve necessidade de intervenção". Sobre a possibilidade de o país adoptar em breve medidas especiais de segurança, o ministro dos Negócios Estrangeiros afastou essa hipótese, dizendo que "já foi accionado um nível de alerta elevado" e "medidas de vigilância nos aeroportos, portos e outros locais mais sensíveis".
Num comentário sobre os atentados em Londres, Freitas do Amaral frisou que "a ameaça do terror é permanente e universal" e, como tal, "a resposta deve ser também permanente e universal". "As bombas em Londres atingiram classes baixas e crianças, o que demonstra uma total ausência de valores nestes actos criminosos, que não obedecem a qualquer lógica ideológica ou de luta de classes. Estes actos representam apenas uma fé cega na violência pela morte", observou o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros.
Freitas do Amaral aludiu ainda a "progressos" no combate ao terrorismo desde os atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque, lembrando que em Londres e em outras cidades "dezenas de atentados já foram evitados".
Após salientar os esforços da União Europeia no combate ao terrorismo, Freitas do Amaral referiu que os cidadãos "devem estar preparados" para fenómenos como os atentados "e, sobretudo, não terem medo e acreditar que a democracia é superior".