Saúde: Administração dos HUC justifica demissão com redução de competências

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O médico Carlos Ferrer Antunes, vogal executivo do CA demissionário, declarou à Lusa que o pedido colectivo de exoneração foi um acto de gestão Mário Marques/PÚBLICO (arquivo)

O pedido de exoneração dos cinco membros do Conselho de Administração (CA), três executivos e dois não executivos, apresentado ontem ao ministro da Saúde, Correia de Campos, "fundamenta-se, exclusivamente, com a transferência de competência para a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro".

Essa alteração "traduz um novo paradigma da administração da saúde, o qual, no entendimento do CA dos HUC, não permite o melhor exercício do cargo e o cumprimento dos objectivos que se propôs atingir", refere uma nota do conselho de administração demissionário, enviada esta manhã à Lusa.

O ainda presidente do CA, o professor Nascimento Costa, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, não pode ser contactado, já que se encontra no estrangeiro, segundo uma fonte do gabinete de comunicação dos HUC.

O médico Carlos Ferrer Antunes, vogal executivo do CA demissionário, declarou à Lusa que o pedido colectivo de exoneração "foi um acto de gestão", não envolvendo questões pessoais ou políticas.

"Um grande hospital de referência precisava de uma relação muito mais próxima com o senhor ministro", acrescentou Ferrer Antunes.

O ministro da Saúde considerou hoje "normais" as demissões, conhecidas ontem, do conselho de administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), em declarações à rádio TSF.

"São factos normais. As pessoas não se enquadram nas situações existentes, têm todo o direito de pedir a sua exoneração", disse o ministro Correia de Campos à TSF, durante a madrugada de hoje.