Primeiro-ministro da Maurícia admite derrota nas legislativas e apresenta demissão

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O resultado das legislativas ainda não foi apurado, mas tudo aponta para a derrota da coligação de Bérenger Rene Soobaroyen/EPA

"Caberá ao Presidente decidir em que momento essa demissão entra em vigor", afirmou Paul Bérenger numa conferência de imprensa transmitida em directo pela rádio pública, onde avançou ainda que o líder da oposição, Navin Ramgoolam, deverá formar um novo Governo em breve. Ramgoolam ocupou já o cargo de primeiro-ministro entre 1995 e 2000.

"É a democracia e aceito o veredicto do eleitorado", garantiu Bérenger, quando a contagem dos votos das eleições de ontem apontam para que a Aliança Social (oposição) consiga a maioria dos 62 assentos parlamentares.

Navin Ramgoolam, de 57 anos, médico e advogado, filho do primeiro chefe de Governo pós-independência, enfrenta fortes desafios na chefia do Governo: uma inflação crescente, desemprego e ameaças às indústrias do açúcar e têxteis da ilha que tem conseguido uma prosperidade relativa, quando comparada com o resto dos países africanos.

“Penso que vencemos com 40 assentos parlamentares”, disse à Reuters Xavier-Luc Duval, líder de um dos partidos que formam a Aliança Social de Ramgoolam.

De acordo com um elemento da comissão eleitoral, os resultados das legislativas de ontem ainda não foram apurados, mas estima-se que a oposição conquiste35 dos 62 deputados que formam o Parlamento da Maurícia.

A televisão pública avançou que a oposição já tem 18 deputados contra 12 do Governo.

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