Cinema: morreu o realizador italiano Alberto Lattuada

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Lattuada foi um dos grandes cineastas italianos do pós-guerra AP

O realizador italiano Alberto Lattuada, um dos símbolos do neo-realismo cinematográfico italiano, faleceu hoje de manhã aos 91 anos na sua segunda casa nos arredores de Roma, anunciaram fontes familiares.

As exéquias serão celebradas quarta-feira na Igreja dos Artistas na Piazza del Popolo, em Roma, de acordo com as informações disponíveis.

Realizador e guionista, Lattuada foi um dos grandes cineastas italianos do pós-guerra, com produções que foram do drama à comédia e à adaptação de obras literárias, principalmente de escritores russos.

Nascido a 13 de Novembro de 1914 em Milão, Lattuada formou-se em arquitectura antes de se lançar no cinema, tendo realizado 32 filmes.

Nos anos trinta do século passado, dedicou-se, com Luigi Comencini, a recuperar filmes em mau estado e a salvar outros da destruição, criando o embrião do que seria posteriormente a Cinemateca Italiana de Milão.

Na mesma altura participou na fundação do jornal "Corrente", que se converteu na principal referência da cultura italiana anti- fascista.

Alberto Lattada estreou-se como realizador em 1942 com o filme "Giacomo, l'idéalista".

Depois da guerra, adoptou a corrente neo-realista ao cinema italiano e realizou um dos seus primeiros êxitos, "Il Bandito" (1946), com Anna Magnani, uma versão italiana dos filmes de 'gangsters' norte- americanos.

No ano seguinte produz "Il crime de Giovanni Episcopo", obra em que teve como argumentista Frederico Fellini.

Com Fellini co-realiza em 1950 "Luci del Varieta".

Nos anos 70 lança-se na comédia com "Venga a prendere il caffé da noi" (1971), com Ugo Tognazzi, e realiza ainda "Bianco rosso" (1972), com Sophia Loren e Fernando Rey, e "Cosi come sei" (1978), com Marcello Mastroianni.

"La cigala" (1980), com Virna Lisi, foi a sua última grande metragem.

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