"Não sou espectador na vida, comprometo-me com as pessoas"

Tom Cruise em Madrid
O actor apresentou A Guerra dos Mundos, falou de si, da Cientologia e também de Ray, o personagem que interpreta no último filme de Spielberg. A estreia em Portugal é a 7 de Julho

Veste roupa desportiva, não parece cansado e ostenta um permanente sorriso. Diz olá em castelhano e termina a conferência de imprensa com um salto atlético para cima da mesa. Foi assim que Tom Cruise, apresentado como a mega estrela planetária, desceu à terra e cumpriu, no Planetário de Madrid, mais uma cena da promoção de A Guerra dos Mundos, na versão de Steven Spielberg (que em Portugal vai ser estreado a 7 de Julho). "Não sou espectador na vida, comprometo-me com as pessoas", garantiu o actor na sua defesa da sua Igreja, a Cientologia. "O que Steven [Spielberg] quis fazer foi uma história pessoal, desta família, seguir a dinâmica desta família", diz Cruise que, no filme, interpreta o papel de Ray Ferrier, um operador de guindaste portuário, divorciado e egoísta. Um normal "render da guarda" para acompanhar os dois filhos durante uns dias passa a luta pela sobrevivência devido à invasão impiedosa dos trípodes. Então, Ray, pai erróneo e distraído, conquista a admiração dos filhos.
Uma versão da obra de H.G.Wells, divulgada pela adaptação na rádio de Orson Welles, em 1938, e já levada ao cinema, em 1953, por Byron Haskin. O final é o mesmo: a derrota do invasor extraterrestre pelas bactérias, "as formas de vida mais simples que Deus, na sua sabedoria infinita, pôs na terra", segundo as palavras de Wells.
O filme narra o reencontro afectivo do pai e dos seus filhos, mas Cruise quis despedir-se de Ray, para falar da sua família, dos seus filhos. "As crianças são o futuro da humanidade", disse, solene, mas sem novidade. "Sempre quis ser pai, faria qualquer coisa para proteger os meus filhos, luto para que possam ser autónomos na vida e para tomarem as suas próprias decisões", prosseguiu num decálogo sem inovações. Depois, Cruise voltou ao filme. "Neste filme, Steven recupera ET como um gangster visitado pelos seus amigos maus", diz, recordando o primeiro trabalho do realizador sobre os mistérios do espaço. "O filme é sobre a família", repete, negando quaisquer cuidados na produção para evitar imagens de destruição de Manhattan, um choque que podia reavivar a memória dos atentados do 11 de Setembro. O que é sugerido no início do filme, quando o filho pergunta a Ray quem foi o autor de tamanha destruição: "São terroristas, são os europeus?". Os fantasmas não são convenientes, e o actor dirige, com mestria, a bateria de 45 minutos de perguntas para o campo que mais lhe interessa: a Cientologia. Depois do Cruise familiar, após Ray, surge o "cientólogo".
"Há vinte anos que trabalho nesta Igreja [a Cientologia]. É um instrumento que uso para melhorar a minha vida. Sinto-me muito vivo e tenho grandes esperanças para o futuro", assegura. "Gosto de andar de moto, de pilotar os meus aviões, de fazer os meus filmes". E Tom Cruise não se detém. "Não sou espectador na vida, não falo de direitos humanos, mas de forma activa comprometo-me com as pessoas, trabalho para melhorar a vida da gente e do meio ambiente", prossegue. E concluiu com um ataque à psiquiatria: "Conheço a história da psiquiatria e a sua importância tão negativa na sociedade, as drogas e os choques eléctricos. A psiquiatria não é uma ciência, não tem nenhuma autoridade. Com a Cientologia posso livrar os drogados da sua dependência, há que ensinar-lhes a acreditar e eu acredito na sua reabilitação".
Veste roupa desportiva, não parece cansado e ostenta um permanente sorriso. Diz olá em castelhano e termina a conferência de imprensa com um salto atlético para cima da mesa. Foi assim que Tom Cruise, apresentado como a megaestrela planetária, desceu à terra e cumpriu, no Planetário de Madrid, mais uma cena da promoção de A Guerra dos Mundos, na versão de Steven Spielberg (que em Portugal vai ser estreado a 7 de Julho).
"Não sou espectador na vida, comprometo-me com as pessoas", garantiu o actor na sua defesa da sua Igreja, a Cientologia. "O que Steven [Spielberg] quis fazer foi uma história pessoal, desta família, seguir a dinâmica desta família", diz Cruise, que no filme interpreta o papel de Ray Ferrier, um operador de guindaste portuário, divorciado e egoísta. Um normal "render da guarda" para acompanhar os dois filhos durante uns dias passa a luta pela sobrevivência devido à invasão impiedosa dos trípodes. Então, Ray, pai erróneo e distraído, conquista a admiração dos filhos.
Uma versão da obra de H.G.Wells, divulgada pela adaptação na rádio de Orson Welles, em 1938, e já levada ao cinema, em 1953, por Byron Haskin. O final é o mesmo: a derrota do invasor extraterrestre pelas bactérias, "as formas de vida mais simples que Deus, na sua sabedoria infinita, pôs na terra", segundo as palavras de Wells.
O filme narra o reencontro afectivo do pai e dos seus filhos, mas Cruise quis despedir-se de Ray, para falar da sua família, dos seus filhos. "As crianças são o futuro da humanidade", disse, solene, mas sem novidade. "Sempre quis ser pai, faria qualquer coisa para proteger os meus filhos, luto para que possam ser autónomos na vida e para tomarem as suas próprias decisões", prosseguiu num decálogo sem inovações. Depois, Cruise voltou ao filme. "Neste filme, Steven recupera ET como um gangster visitado pelos seus amigos maus", diz, recordando o primeiro trabalho do realizador sobre os mistérios do espaço. "O filme é sobre a família", repete, negando quaisquer cuidados na produção para evitar imagens de destruição de Manhattan, um choque que podia reavivar a memória do 11 de Setembro. O que é sugerido no início do filme, quando o filho pergunta a Ray quem foi o autor de tamanha destruição: "São terroristas, são os europeus?" Os fantasmas não são convenientes, e o actor dirige, com mestria, a bateria de 45 minutos de perguntas para o campo que mais lhe interessa: a Cientologia. Depois do Cruise familiar, após Ray, surge o "cientólogo".
"Há vinte anos que trabalho nesta Igreja [a Cientologia]. É um instrumento que uso para melhorar a minha vida. Sinto-me muito vivo e tenho grandes esperanças para o futuro", assegura. "Gosto de andar de moto, de pilotar os meus aviões, de fazer os meus filmes." E Tom Cruise não se detém. "Não sou espectador na vida, não falo de direitos humanos, mas de forma activa comprometo-me com as pessoas, trabalho para melhorar a vida da gente e do meio ambiente", prossegue. E concluiu com um ataque à psiquiatria: "Conheço a história da psiquiatria e a sua importância tão negativa na sociedade, as drogas e os choques eléctricos. A psiquiatria não é uma ciência, não tem nenhuma autoridade. Com a Cientologia posso livrar os drogados da sua dependência, há que ensinar-lhes a acreditar e eu acredito na sua reabilitação."

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