Fadul, Iaia Djaló e outros oito concorrentes tentam a sorte

Para além das candidaturas dos antigos presidentes Nino Vieira, Kumba Ialá e Malam Bacai Sanhá, há mais uma dezena de figuras guineenses que tentam a sua sorte nesta primeira volta das presidenciais

Aregado Mantenque, presidente do recém-criado Partido do Trabalho, é o primeiro nome da lista dos candidatos à primeira volta das presidenciais na Guiné-Bissau, fazendo assim parte de uma dezena de políticos que irão disputar o eleitorado residual; aquele que decerto não tem quaisquer hipóteses de passar a uma segunda volta.Outro dos concorrentes é Francisco Fadul, líder do Partido Unido Social-Democrata, primeiro-ministro de transição entre 1998 e 2000. Considerado inicialmente uma das figuras de peso da corrida, a sua campanha teve pouca repercussão e constituiu um relativo fiasco. Desconhece-se que indicação de voto poderá dar aos seus partidários no caso de uma segunda volta, dentro de três ou quatro semanas.
A única mulher que se apresenta à votação é Antonieta Rosa Gomes, presidente do Fórum Cívico Guineense/Social-Democracia, que obteve apenas 0,89 por cento dos votos nas legislativas de 2004.
Iaia Djaló, um muçulmano de etnia balanta, primeiro vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), a concorrer como independente, teve o privilégio de abrir, todos os dias, os tempos de antena e isso deu-lhe uma grande popularidade, pelo que poderá vir a aparecer entre os seis ou sete candidatos mais votados, contribuindo para um desaire de Kumba Ialá.
Outro dos nomes que atraiu as atenções foi o do antigo primeiro-ministro Faustino Imbali, líder do Partido Manifesto do Povo, que disse ao jornal privado Kansaré que Kumba é uma "vergonha" para a etnia balanta, a que ambos pertencem.
De entre os candidatos mais conhecidos em Portugal conta-se um antigo embaixador em Lisboa, Adelino Mano Queta, assessor do Presidente interino, Henrique Rosa (na liderança desde 2003), que assumiu o rótulo de independente para pedir um país novo, onde as pessoas possam esquecer os desaires do último quarto de século.
Outro independente com larga actividade em território português é o médico João Tátis Sá, cujo Partido Popular Guineense foi o ano passado às legislativas com a Aliança Socialista, de Fernando Gomes, tendo a lista conjunta Aliança Popular Unida conseguido eleger apenas um dos 100 deputados.
Concorrem ainda às presidenciais os líderes da União Nacional para o Desenvolvimento e Progresso, Abubacar Baldé, e do Partido da Unidade Nacional, Idrissa Djaló. Bem como o diplomata independente Mário Lopes da Rosa e um antigo secretário-geral do Partido do Progresso do Povo, Empossa Ié.

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