Conselho de Ministros aprova aluguer de 22 helicópteros de combate aos incêndios

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Segundo a Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, está previsto estarem em funcionamento a 1 de Julho 49 aeronaves Pasquale Stanzione/EPA

No âmbito de um concurso público internacional, promovido pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), foi seleccionado o consórcio Heliportugal-Helibravo para o aluguer de 22 helicópteros ligeiros equipados com balde, tripulação e serviços de manutenção durante o ano de 2005, num total de 2550 horas de serviço.

O aluguer dos 22 aparelhos representará para o Estado uma despesa no montante de 9.439.451,28 euros, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros nº 101/2005, publicada hoje e que autoriza a contratação do serviço àquele consórcio.

Dois aerotanques ligeiros Dromadair de combate a incêndios florestais ficaram disponíveis ontem em Ferreira do Zêzere, enquanto mais quatro aparelhos do mesmo tipo ficarão prontos a actuar no combate aos fogos a partir de amanhã, sendo dois em Proença-a-Nova e dois na Lousã, segundo o SNBPC. Esses meios aéreos vêm reforçar as seis aeronaves para combate a incêndios que estão no terreno desde dia 9 deste mês.

Por outro lado, o SNBPC possui outros dois helicópteros de combate a incêndios e um contratado, no âmbito de um protocolo celebrado com a empresa de produção de pasta de papel Portucel.

Segundo a Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, está previsto estar em funcionamento a 1 de Julho um conjunto de 49 aeronaves. Um dispositivo especial de luta contra os incêndios florestais está já mobilizado há um mês e inclui também meios humanos e equipamentos terrestres.

Nos primeiros cinco meses deste ano os oito mil fogos que se registaram em Portugal consumiram cerca de dez mil hectares de floresta, segundo a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF).

O primeiro relatório deste ano da DGRF reporta-se ao período entre 1 de Janeiro e 29 de Maio e contabiliza 8162 ocorrências (2095 incêndios florestais e 6067 fogachos).

No conjunto, os fogos foram responsáveis por 9863 hectares de área ardida, dos quais 62 por cento em zonas de matos.

Em 2004, a área total ardida atingiu cerca de 120 mil hectares, segundo a DGRF. Em 2003, o fogo queimou 425 mil hectares, a maior área total destruída pelos incêndios nos últimos 20 anos.