Primeira volta das presidenciais na Costa do Marfim a 30 de Outubro

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Gbagbo aceitou, como tinha recomendado o seu homólogo sul-africano, a candidatura do líder da oposição às presidenciais Issouf Sanogo/AFP

Segundo a Constituição do país, se nenhum candidato conseguir, na primeira volta do escrutínio, a maioria absoluta dos votos, será organizada uma segunda volta 15 dias depois do anúncio dos resultados da primeira.

Anteontem, o Presidente marfinense, Laurent Gbagbo, aceitou, como tinha recomendado o seu homólogo sul-africano, Thabo Mbeki, mediador da crise na Costa do Marfim, a candidatura do membro da oposição Alassane Ouattara às eleições presidenciais.

Num discurso televisivo na terça-feira, Gbagbo disse estar a seguir o acordo de paz de 6 de Abril, concluído em Pretoria entre os protagonistas da crise no país, e anunciou que está a cumprir o artigo 48 da Constituição que confere ao Presidente poderes excepcionais. Esse artigo permite ao chefe de Estado tomar “as medidas excepcionais exigidas pelas circunstâncias”.

Gbagbo, líder da Frente Popular Marfinense (socialista), representa essencialmente o grupo étnico krou e tem como principal adversário o nortista Allassane Dramane Ouattara, do grupo gour, que dirige a União dos Republicanos.

Os apoiantes de Gabgbo vêem Ouattara como o inspirador da rebelião armada que controla o norte do país desde Setembro 2002, após um sangrento golpe de Estado falhado.

Ouattara, exilado em França há mais de dois anos, anunciou hoje à AFP a sua intenção de regressar à Costa do Marfim "dois, três meses" antes das eleições presidenciais de Outubro, às quais se deverá apresentar. "Tenho a intenção de chegar quando as condições de segurança estejam reunidas e quando o país estiver reunificado", afirmou o líder da oposição.

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