Em declarações à Lusa, Nuno Santos afirmou que Valentim Loureiro retomou as suas funções de acordo com um entendimento do seu advogado, que considera ter terminado no sábado, por não ter sido deduzida a acusação, o prazo máximo de um ano das medidas que o inibiram de exercer aquelas funções.

"Depois de extintas as medidas de coacção, o major está no pleno direito das suas funções", disse Nuno Santos, sustentando ainda que "é com normalidade" que Valentim Loureiro retoma aqueles cargos.

O secretário-geral da LPFP, Emanuel Medeiros, afirmou, por seu lado, que Valentim Loureiro deverá comparecer esta tarde nas instalações daquele órgão para reassumir o seu lugar.

Emanuel Medeiros, falando em nome de Valentim Loureiro, referiu esta manhã aos jornalistas que o Tribunal de Gondomar "proferiu na quinta-feira o despacho que pôs termo às medidas de coacção", criando as condições necessárias ao seu regresso.

Também a empresa Metro do Porto confirmou o regresso de Valentim Loureiro ao cargo. Fonte do gabinete de comunicação da Metro do Porto disse que o major "regressa naturalmente" à presidência da empresa. "É um processo automático", frisou.

O presidente da Câmara Municipal de Gondomar saiu, no dia 23 de Abril do ano passado, do Tribunal de Instrução Criminal indiciado de 23 crimes, depois de dez horas de interrogatório no âmbito do processo de corrupção no futebol português "Apito Dourado".

Além da suspensão das funções que exercia na Metro do Porto e na LPFP e da proibição de contacto com vários arguidos - esta última já revogada há algumas semanas -, Valentim Loureiro, um dos 16 detidos na operação inicial da Polícia Judiciária, pagou ainda uma caução 250 mil euros para sair em liberdade.

Nuno Santos garantiu ainda que Valentim Loureiro reassume estas funções com "grande tranquilidade e serenidade", sendo certo que "oportunamente" falará aos jornalistas.