Síria ratifica convenção da ONU contra financiamento do terrorismo
A decisão síria foi anunciada durante uma cimeira da ONU sobre criminalidade que está a decorrer em Banguecoque e que tem como tema principal o financiamento do terrorismo.
“É uma decisão importante, não apenas no contexto da Síria”, considerou o director executivo da ONU para os temas das drogas e da criminalidade, António Maria Costa, em declarações à agência Reuters.
“Estamos a promover a ratificação por todos os países das 12 convenções e protocolos [das Nações Unidas] contra o terrorismo. Por isso, estes passos são decisivos”, disse o responsável.
A ratificação da Síria eleva para 136 o número de países que se juntaram à Convenção para a Supressão do Financiamento do Terrorismo, uma das 12 convenções anti-terrorismo que abrangem áreas como bombardeamentos, sequestros e pirataria aérea.
De acordo com este tratado, os Estados devem “criminalizar internamente este tipo de financiamento e confiscar os bens destinados a fins terroristas”. Os Governos signatários comprometem-se também a cooperar entre si em investigações e extradições.
A Reuters não conseguiu obter reacções dos delegados sírios presentes na reunião das Nações Unidas na Tailândia e avança que o representante dos Estados Unidos recusou falar sobre a ratificação de Damasco.
O Departamento de Estado norte-americano incluiu a Síria na lista dos países que financiam actos terroristas em 1979, o que resultou na imposição de sanções ao país.
Em Fevereiro deste ano, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, acusou a Síria de permitir a alegados terroristas o uso dos territórios sírio e libanês para “destruir as oportunidades de paz” no Médio Oriente. O Governo sírio considerou esta acusação “errada e sem fundamento”.