IGAE apreende amêndoas e sementes de girassol por suspeita de contaminação

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A apreensão de amêndoa deveu-se ao seu deficiente acondicionamento DR

Em comunicado, o inspector-geral, Mário Silva, explica que a apreensão de 17.560 quilos de amêndoa foi desencadeada a 12 de Abril "por suspeita de contaminação".

O fruto estava armazenado há vários anos "sem as condições adequadas", o que, segundo Mário Silva, "só por si pode indiciar o desenvolvimento de microfloras fúngicas toxígenas". Além do tempo de armazenamento e do facto de poder ter criado bolores, está sob suspeita de contaminação também porque a amêndoa estava acondicionada em embalagens reutilizadas de produtos químicos como fertilizantes e correctivos agrícolas.

A quantidade apreendida tem um valor de 14.925 euros e a operação foi validada pelo Ministério Público, que está agora a proceder a um inquérito.

A mesma nota dá conta da apreensão de sementes de girassol provenientes do Egipto por parte da IGAE e numa operação conjunta com a Direcção-Geral de Veterinária. Foram apreendidos no distrito de Lisboa 19.500 quilos de sementes de girassol destinadas à produção de alimentos para animais.

Também com a concordância do Ministério Público, a apreensão teve lugar após o conhecimento dos resultados de análises feitas ao carregamento e em que foram detectados "elevados teores de aflatoxinas, muito superiores ao limite máximo admitido".

As aflatoxinas são uma toxina produzida por certos fungos. Encontram condições propícias para crescer em rações e alimentos, sobretudo em nozes, amendoins e outras sementes oleosas. A aflatoxina tem potencial cancerígeno e afecta os animais. A sua utilização, em níveis muito baixos, é permitida tanto na União Europeia quanto nos Estados Unidos.

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