Telmo Correia assume candidatura à liderança dos democratas-cristãos

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Telmo Correia confessou esta convencido de ser capaz de "unir o partido" Inácio Rosa/Lusa (arquivo)

"Se da discussão resultar que as duas moções que subscrevi – que penso irão a votos conjuntamente – saírem vencedoras, eu assumirei a responsabilidade de ser candidato à presidência do partido", afirmou Telmo Correia, em entrevista à RTP.

Na quarta-feira à noite, Telmo Correia aceitou subscrever as duas moções que mais apoios reúnem no Congresso: "Afirmar Portugal", impulsionada pela distrital de Lisboa mas com quadros de todo o país, e "Portugal, Já!", com apoios em 15 das 18 distritais do partido.

"Disse que aceitaria ser subscritor dessas duas moções e isso tem obviamente uma consequência", afirmou.

Depois de Paulo Portas ter anunciado a sua demissão da liderança do CDS, na noite das eleições na sequência dos maus resultados do partido, Telmo Correia afirmou por várias vezes que não era nem seria candidato à presidência dos democratas-cristãos.

Questionado sobre a sua mudança de posição, Telmo Correia justificou-se com a necessidade de sentir "uma vontade do partido" em que assumisse essa liderança.

"O presidente do partido tem de sentir que é desejado, querido pelo partido", justificou, considerando que no Congresso essas condições estarão reunidas, apesar de ressalvar que "são os congressistas" que escolherão o futuro líder.

"Estou convencido que terei capacidade para unir o partido", afirmou.

Por outro lado, Telmo Correia lembrou que o aparecimento de uma candidatura à liderança nas vésperas de congressos "não é inédita nem no CDS nem em outros partidos".

"Se tivesse aparecido logo um candidato natural não teria sequer discussão das moções", afirmou, dando também como justificação para a sua recusa inicial a surpresa com o anúncio da demissão de Paulo Portas.

"Não esperávamos esta mudança de ciclo, nem a desejávamos, embora a compreendamos", explicou.

O XX Congresso do CDS-PP reúne-se amanhã e domingo, no Centro de Congressos de Lisboa, para escolher o novo líder do partido.

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