Protesto contra preço da água na Figueira da Foz com pouca adesão

Apenas cerca de 20 pessoas participaram na manifestação que assinalou ontem o lançamento da iniciativa "Figueira da Foz: a água mais cara do distrito" [de Coimbra], uma campanha que pretende alertar os figueirenses para o aumento do preço da água no concelho, o último dos quais ocorreu já em 2005. "A água está mais cara entre 51 por cento e os 200 por cento, consoante o escalão, mas a maior parte da população não se apercebeu ainda dos aumentos", justificou Carlos Monteiro, um dos elementos do grupo de cidadãos que promoveu o protesto.Pouco depois das 18h00 de ontem na Praça Europa, na Figueira da Foz, Carlos Monteiro anunciou que o próximo passo será "espalhar por todos os carros da cidade autocolantes com a inscrição "Figueira da Foz: a água mais cara do distrito"", precisamente para sensibilizar a população.
Em declarações ao PÚBLICO, afirmou que os aumentos "foram promovidos pela câmara municipal" com objectivo de "pagar o investimento efectuado noutras obras" da cidade. "É como se fosse um imposto encapotado", denunciou. A iniciativa de ontem foi antecedida por diversas acções que juntaram consumidores e estruturas partidárias da Figueira nas críticas aos sucessivos aumentos do preço da água no concelho. O PCP da Figueira tinha já manifestado em comunicado o seu repúdio pelos aumentos, defendendo que "é a gestão privada das águas da Figueira a responsável pelos preços praticados". O PCP entende que a "água é um bem que não deve ser tratado unicamente como fonte de lucro" e que a autarquia da Figueira "está a prejudicar os interesses dos cidadãos ao entregar este tipo de serviços lucrativos a clientelas".
Em declarações à agência Lusa, no início da semana, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Duarte Silva, sublinhou que "foi tudo bem explicitado às pessoas na devida altura" e que "existem uma série de serviços e investimentos públicos que têm de ser pagos". Para o autarca social-democrata, "não é possível trazer o progresso (para a Figueira da Foz) sem que haja repercussões sobre os munícipes" André Jegundo

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