O documento contém o apoio ao eurodeputado de sete jovens quadros do partido, entre os quais alguns subscritores de moções consideradas adversárias da que foi apresentada por Ribeiro e Castro.

São os casos do ex-secretário de Estado dos Assuntos do Mar Nuno Fernandes Thomaz e do advogado e membro da comissão política nacional Pedro Pestana Bastos, subscritores da moção "Afirmar Portugal", impulsionada pela distrital de Lisboa, que tem manifestado o seu apoio a Telmo Correia, caso este decida avançar para a presidência do partido.

Por outro lado, o deputado José Paulo Carvalho - que ontem substituiu António Pires de Lima na bancada do CDS no debate do aborto - também manifesta o seu apoio a Ribeiro e Castro, apesar de ser subscritor da moção "Portugal, Já!".

Esta moção reúne o apoio de 15 das 18 distritais do partido e tem como subscritor o líder parlamentar Nuno Melo, que também tem apontado Telmo Correia como a melhor hipótese para suceder a Paulo Portas.

Também subscrevem este comunicado Nuno Peres Alves, membro da comissão política nacional, e outros jovens quadros do partido: Pedro Melo, Paulo Núncio e Gonçalo Corrêa.

"Na sua moção, Ribeiro e Castro traça o papel que o CDS deve assumir nos próximos anos enquanto agente político central para a concretização de um projecto digno para Portugal", defendem estes militantes, lembrando que, de entre os potenciais candidatos, só o eurodeputado não se excluiu do desafio da liderança.

Estes apoiantes destacam "a rara grandeza política e a energia vibrante" da moção "2009", considerando que o documento tem motivado "um progressivo entusiasmo entre militantes e não militantes do CDS que se situam, sem complexos, no espaço político do centro-direita e na direita em Portugal".

"Ribeiro e Castro deu o passo que devia ser dado: numa hora de recomeço propôs cedo, e com determinação, a sua visão estratégica para o partido - a "alma" do partido está bem identificada e não carece de refundação", defendem.

Classificando o eurodeputado como "um político prestigiado e com capacidade comprovada e reconhecida", os apoiantes de Ribeiro e Castro lembram que é agora, em 2005, que "o CDS tem de ganhar corpo" para os combates eleitorais do final da legislatura.

"Ribeiro e Castro é o melhor para o fazer!", concluem.

O congresso do CDS-PP realiza-se este fim-de-semana no Centro de Congressos de Lisboa para escolher o novo líder do partido, mas, até agora, apenas existe uma candidatura de um militante base, a de Miguel Matos Chaves, que não tem apoios conhecidos dentro do partido.

Ribeiro e Castro, cujo nome foi primeiro apontado como um bom candidato pelo dirigente do CDS Luís Nobre Guedes, já admitiu disputar a liderança do partido, mas ainda sem formalizar qualquer candidatura.