"No primeiro trimestre deste ano, as exportações de produtos têxteis chineses para a Europa aumentaram somente 50 por cento, quando antes cresceram 70 por cento", afirmou Wen, sem precisar o período em referência.

"Desde a supressão das quotas tomámos algumas medidas, da nossa própria iniciativa, como o aumento de direitos alfandegários sobre os produtos têxteis exportados, a fim de limitar as nossas exportações", acrescentou o chefe do Governo chinês.

Com o fim das quotas no sector, a partir de 1 de Janeiro de 2005, as exportações mundiais de têxteis da China cresceram 29 por cento nos três primeiros meses do ano, mas dispararam 258 por cento para os Estados Unidos.

A Comissão Europeia, que esperava para esta semana os números das exportações têxteis chinesas para a União Europeia, poderá decidir a abertura de uma investigação, que é o primeiro passo para a aplicação de uma cláusula de salvaguarda com o objectivo de proteger o mercado europeu.

A aplicação de medidas de salvaguarda é possível até 2088, em virtude dos acordos sobre a entrada da China na Organização Mundial de Comércio.