A ASLP viu "com agrado o facto da qualificação dos adultos ter sido eleita como dimensão de intervenção prioritária do Ministério da Educação, atendendo à dura realidade revelada pelas estatísticas relativamente ao número de analfabetos funcionais existentes no nosso país", segundo um comunicado divulgado hoje.

Na primeira reunião com o novo ministério, a ASPL apresentou 16 medidas, destacando-se questões relativas à educação para a infância e pré-escolar, 1º ciclo do ensino básico, educação especial, ensino profissional, promoção da educação de adultos, estabilidade e valorização do corpo docente e melhoria das condições de trabalho nas escolas.

A associação revela que a melhoria da qualificação da população portuguesa e das condições de ensino-aprendizagem também foi considerada prioritária pelo novo ministério.

Na semana passada, a ASPL exigiu ao novo Governo que assumisse um compromisso efectivo com um Programa Nacional de Educação de Adultos, depois de um relatório da União Europeia ter constatado que Portugal revela grandes lacunas relativamente à formação ao longo da vida. Dados do INE de 2003 referem que dois em cada três portugueses não passaram do 6º ano de escolaridade e apenas um em cada três completou o ensino superior.