Dias da Cunha fala em "promiscuidade" entre Benfica e Estoril

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Em declarações aos jornalistas, o presidente "leonino" não revelou nomes, mas referiu-se a "promiscuidades em termos dos interesses de alguém que, se não tem, já teve interesses na SAD do Estoril e é, aparentemente, responsável pelo futebol do Benfica".

Com esta explicação, as críticas de Dias da Cunha terão por destinatário o actual gestor do futebol dos "encarnados", José Veiga.

O dirigente dos "leões" não deixou de notar que o caminho aberto para "combinações não favorece a transparência" do futebol, nem honra os objectivos do manifesto assinado por alguns clubes portugueses, como Sporting e Benfica.

No entanto, Dias da Cunha acrescentou a sua confiança no presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, quanto à sinceridade na defesa do manifesto que pretende um futebol mais transparente.

Dias da Cunha diz não entender que "um clube que está a lutar para sobreviver [na SuperLiga] despreze o factor casa" quando faltam apenas cinco jornadas para o final do campeonato.

Para alterar o "palco" da recepção ao Benfica, o Estoril-Praia argumentou na Liga Portuguesa de Futebol Profissional a falta de condições de segurança para receber um encontro de grande importância. Além disso, a transferência para o Estádio do Algarve, com uma capacidade para 30 mil espectadores, permitirá um encaixe financeiro significativo para saldar salários em atraso.

Segundo os regulamentos das competições da Liga, a alteração de estádios é permitida a "qualquer clube que apresente razões comprovativas da impossibilidade de utilização do seu estádio, com excepção de interdição por motivos disciplinares.

O regulamento assinala ainda a falta de condições de iluminação dos jogos a transmitir em directo pela televisão como outro argumento possível para a transferência de local.