O deputado do CDS-PP falava durante a apresentação da moção de estratégia "Portugal já", que tem como primeiros subscritores o próprio Nuno Melo, Álvaro Castello-Branco e Narana Coissoró, e que será levada ao congresso do partido, que se realiza em Lisboa nos dias 22 e 23 de Abril.

Nuno Melo referiu que esta moção não tem ainda um rosto, mas definiu um perfil do "candidato ideal" que, logo à partida, o restringe aos 12 elementos do grupo parlamentar do CDS-PP e exclui Miguel Matos Chaves, até agora o único candidato oficial.

O perfil exclui também o eurodeputado José Ribeiro e Castro, outro nome que tem gerado apoios, mas que não tem assento na AR.

Nuno Melo sublinhou as qualidades de Ribeiro e Castro, nomeadamente a larga trajectória partidária, mas frisou que "o CDS-PP precisa de alguém que esteja no parlamento para ali dar luta ao engenheiro José Sócrates".

Referiu ainda que a "dimensão de Estado" incluída no perfil não implica necessariamente ter exercido funções no Governo.

"Pode-se adquirir dimensão de Estado em muitas funções, nomeadamente no parlamento", disse.

A moção define os "quatro grandes desafios que o partido enfrenta", que são os referendos da interrupção voluntária da gravidez e do Tratado Constitucional da União Europeia e as eleições autárquicas e presidenciais.

Nuno Melo, que também preside à distrital de Braga do PP, frisou que esta moção conta desde já com "apoios de peso, nomeadamente os presidentes de 13 "concelhias", deputados e quadros de sempre do partido".

Desvalorizou ainda os apoios a Ribeiro e Castro por Braga - a distrital a que preside -, salientando que as concelhias que se manifestaram ontem a favor daquele eurodeputado pertencem à lista que perdeu as eleições para os delegados ao congresso.

"Os delegados por Braga ao congresso apoiam todos a nossa moção", disse Nuno Melo.