China recusa apresentar pedido de desculpas exigido pelo Japão
"Hoje, o problema principal é que o Governo japonês fez uma série de coisas que feriram os sentimentos do povo chinês sobre a questão de Taiwan, questões internacionais, entre elas os direitos huamnos, e em particular a forma como trata a História" entre os dois países, afirmou Li Zhaoxing, que esta manhã teve uma reunião de crise, em Pequim, com o chefe da diplomacia japonesa, Nobutaka Machimura.
Por sua vez, Machimura "condenou vivamente" as violências anti-japonesas e exigiu, de novo, um pedido de desculpas durante o encontro com o homólogo chinês, avançou a estação de televisão pública japonesa NHK, que divulgou o início do encontro entre os dois responsáveis.
"Consideramos que esta é uma situação profundamente lamentável. Pretendíamos que o Governo chinês agisse sinceramente e conforme as regras internacionais", continuou Machimura, acrescentando que Tóquio condena "fortemente os actos de destruição contra a Embaixada do Japão e de outros edifícios, bem como as violências cometidas contra cidadãos japoneses pela terceira semana consecutiva".
De acordo com as agências noticiosas japonesas, ministro chinês dos Negócios Estrangeiros apenas afirmou que a China "agirá com base na lei".
Na mesma altura em que o ministro japonês dos Negócios Estrangeiros está em Pequim, milhares de pessoas concentram-se em Shenyang, junto ao consulado japonês na cidade, protegido por um cordão policial. Milhares de manifestantes estão a protestar contra o Japão noutras cidades como Dongguan, Guangzhou e Chengdu.
Ontem, dezenas de milhares de manifestantes apedrejaram o Consulado japonês em Xangai, perante a passividade da polícia, ao mesmo tempo que gritavam palavras de ordem como "morte aos japoneses".
As autoridades de Tóquio protestaram formalmente junto das autoridades chinesas, acusando-as de não terem impedido os actos de violência, que acontecem pelo terceiro fim-de-semana consecutivo.
O Japão acusa Pequim de caucionar estas manifestações e de assumir uma conduta irresponsável à luz da lei e do direito internacionais ao não garantir a segurança de pessoas e bens estrangeiros.
A China declina responsabilidade nos incidentes e afirma que a culpa está do lado de Tóquio, pois as manifestações são reacções populares à atitude revisionista da História, apesar de ter feito vários apelos à calma da população.